Nepal – Cidade de Kathmandu
Ela começa em Kathmandu, capital do Nepal. Situada a 1400 metros de altitude, a cidade fica num belo Vale do mesmo nome e é praticamente a única grande cidade do país, sendo uma das portas para os Himalaias. Resguardada por uma aura única, suas construções preservadas do séc. 17, templos hindus, budistas e palácios recontam uma história desde o século 7 a.C. Cidade vibrante e ao mesmo tempo misteriosa, por ela passaram reis e rainhas, príncipes e princesas, monges e magos durante vários séculos, conferindo a Kathmandu uma aura permanente de beleza e magia.
A efervescência étnica e religiosa de que falamos anteriormente pode ser vista em Kathmandu como uma herança preciosa que lhe dá sua singularidade.
TEMPLO PASHUPATINATH
Iniciaremos nosso passeio em Kathmandu visitando o Pashupatinath, um dos mais antigos e importantes Templos hindus no Nepal. Dedicado a Shiva, o templo é Patrimônio Mundial pela UNESCO e remonta a 1692 d.C. Na verdade, trata-se de uma galeria de templos hindus, com ashrams, imagens e inscrições levantadas ao longo dos séculos. A entrada no Templo principal é interditada a não-hindus, mas em torno dele muitos ashrams de várias linhas do Hinduísmo se estabeleceram, incluindo um Templo Vaishnava do século XIV, dedicado a Rama, e o Templo Guhyeshwari, dedicado a Adi Shakti ou Mahadevi, o aspecto feminino da Divindade.
No Pashupatinath celebram muitos festivais ao longo do ano, como o Maha Shivaratri e o festival Teej. Só o primeiro atrai todo ano ao Templo cerca de 700.000 devotos hindus da Índia e do Nepal. Os sacerdotes que oficiem no Pashupatinath são conhecidos como “Bhattas” e são especialmente preparados como profundos estudiosos do Hinduísmo.
A vibração e beleza estética desse local certamente vão nos inspirar muito!
STUPA BOUDHANATH
Se existe um monumento religioso que domina a cidade de Kathmandu, tornando-se quase um símbolo da cidade, certamente é a Stupa Boudhanath. É o monumento religioso mais popular do Nepal, junto com a Stupa Swayambhu. Com 36 metros, a data de sua construção é incerta, mas sabe-se que remonta a séculos. Uma das lendas diz que sua ereção foi um projeto do famoso imperador tibetano Trisong Detsen (755-797 d.C.).
Patrimônio Mundial da UNESCO, a Stupa forma uma enorme mandala, sendo uma das maiores stupas esféricas do mundo. Sua importância é tamanha para o mundo budista, em especial para os refugiados tibetanos, que ao redor dela foram estabelecidos vários gompas (mosteiros tibetanos) e em volta dela os budistas fazem a tradicional circum-ambulação, replicando assim o movimento do universo. Os dois olhos que estão no seu cimo são associados à visão onipresente de Buddha ou do Iluminado, bem como à Sabedoria e Compaixão.
As stupas budistas são relicários, mas também um símbolo para a ascensão espiritual do ser humano. Encontraremos muitas em nossa jornada, mas a de Boudhanath é talvez a mais emblemática e impressionante!
PRAÇA KATHMANDU DURBAR
Antes da Unificação do Nepal o país consistia em pequenos reinos com três Praças Reais, todas conhecidas sob o nome genérico de “Durbar”. O nome vem do persa دربار (Darbar) e as praças são as remanescentes mais proeminentes desses antigos reinos. As três praças são: Praça Kathmandu Durbar, Praça Patan Durbar e Praça Bhaktapur Durbar. Todas são Patrimônio Mundial da UNESCO.
A primeira dessas praças que vamos visitar está no coração da cidade de Kathmandu. É composta por templos, ídolos, pátios abertos, fontes de água e muito mais, formando um exótico e fascinante labirinto de ruas e monumentos que surgiam a partir século 3 d.C., conquanto muitos templos tenham sido desde então restaurados e nova estruturas levantadas.
Nesse local mágico poderemos contemplar estruturas exuberantes cuja arquitetura espetacular mostra as habilidades dos artistas e artesãos Newar (habitantes históricos do Vale de Kathmandu).
O lugar é ainda centro de importantes eventos reais, como a coroação do rei Birendra Bir Bikram Shah em 1975 e do rei Gyanendra Bir Bikram Shah em 2001.
Além disso, no extremo sul da Praça Kathmandu Durbar está uma das atrações mais curiosas do Nepal: o Kumari Chowk. Trata-se de um aparato dourado que contém a Raj Kumari, uma garota escolhida através de um processo de seleção antiga e espiritual para se tornar a encarnação humana da deusa mãe hindu Durga. Essa moça sagrada é conhecida pelos nomes “Kumari”, “Kumari Devi” ou ainda “Living Durga”. Ela faz um tour pela cidade durante o festival de Indra Jatra.
Passear por Kathmandu Durbar é voltar no tempo e sentir o aroma de antigos reinos, velhas culturas e beber de seu fascinante misticismo.
THAMEL – ÁREA COMERCIAL
E como não ir às compras em nossa jornada? Em Kathmandu o local para isso é a famosa área turística Thamel: uma série de ruas repletas de hotéis, restaurantes, cafés, bares, lojas de artesanato, lojas de material de trekking, locais para fazer massagem etc. Thamel é frequentada pelos ocidentais desde a década de 1970, quando os hippies da região a descobriram.
Os produtos comumente vendidos incluem alimentos, legumes/frutas frescos, doces, equipamentos de trekking, equipamentos de caminhada, música, DVDs, artesanato, souvenirs, itens de lã e roupas. Entre eles estão, naturalmente, artigos religiosos hindus e budistas.
Uma curiosidade: em 2011 Thamel foi equipado com uma zona Wi-Fi completa! É a primeira zona Wi-Fi pública do Nepal.
VOO PANORÂMICO COM VISTA DO EVEREST
Já imaginou voar por entre a cordilheira mais alta do mundo, observando alguns dos majestosos picos nevados dos Himalaias? Pois é o que vamos fazer! A partir do Aeroporto Tenzing-Hillary (batizado em homenagem aos conquistadores do Everest), na cidade de Lukla, no distrito de Solukhumbu, vamos embarcar em um voo especial que nos conduzirá em um belíssimo passeio panorâmico pelos Himalaias.
O Aeroporto de Lukla é o aeródromo mais alto do mundo e os pilotos operam aeronaves próprias para esse voo. Estão entre os mais experientes aeronautas do mundo.
O voo vai durar 1h e todos teremos assentos nas janelas, para apreciar melhor as magníficas montanhas. Prepare-se, pois as emoções serão intensas e a paisagem… inesquecível!
SWAYAMBHU – COMPLEXO RELIGIOSO BUDISTA
Em seguida vamos a Swayambhu, antigo complexo religioso no topo de uma colina no Vale de Kathmandu. O nome tibetano para o local (Phags.pa Shing.kun) significa “Árvores Sublimes”. É um dos mais antigos sítios religiosos do Nepal e junto com a Stupa de Boudhanath, o monumento mais visitado do país. O complexo consiste em uma stupa e santuários e templos, alguns datando do período do Reino Licchavi (400 a 750 d.C).
Diz-se que o grande Imperador budista Ashoka visitou o local no século III a.C. e construiu um templo na colina onde hoje está Swayambhu.
Além da bela stupa em Swayambhu, há um monastério, museu e biblioteca tibetanos nas adjacências, que são acréscimos mais recentes.
Uma curiosidade: há macacos sagrados vivendo nas partes noroeste do templo. Eles são considerados sagrados porque estão associados a Manjushri, o Bodhisattva tibetano da sabedoria.
Swayambhu é um local santificado para o Budismo e com vibrações muito elevadas, guardando uma magia própria. Vamos sentir!