Butão – Cidade de Paro
Após a aventura na Ponte de Punakha, seguimos para mais uma cidade do Butão. Vamos conhecer Paro, cidade localizada no distrito e vale do mesmo nome. É uma cidade histórica com muitos locais sagrados e edifícios antigos espalhados por toda a área. Alguns butaneses acreditam que Padmasambhava, o Guru Rinpoche, introdutor do Budismo no Tibet, voou na parte de trás de uma tigresa do Tibet até Paro. Assim, esta cidade reveste-se de uma aura toda especial para os butaneses, mas também para seguidores do Budismo Tibetano.
RINPUNG DZONG
Em Paro vamos começar nossa jornada pelo Rinpung Dzong, outro Mosteiro-Fortaleza no estilo dos que já visitamos. Às vezes referido como Paro Dzong, ele também pertence à Linhagem Drukpa da escola Kagyu do Budismo Tibetano. O Rinpung Dzong abriga o corpo monástico do distrito, bem como escritórios administrativos do governo de Paro Dzongkhag.
Com uma arte religiosa muito rica e antiga, certamente é um passeio inspirador e de forte teor cultural. Este Mosteiro tem 14 santuários e capelas, e fora dele encontramos o Templo Deyangkha.
Um grande festival anual ou tshechu é realizado em Rinpung Dzong do décimo primeiro ao décimo quinto dia do segundo mês do tradicional calendário lunar butanês (geralmente em março ou abril do calendário gregoriano). Nesta ocasião, imagens sagradas são tiradas em uma procissão. Isso é seguido por uma série de danças tradicionais de máscaras, que transmitem histórias religiosas que são realizadas por monges por vários dias.
O Rinpung Dzong está listado como um local a ser reconhecido como patrimônio mundial da UNESCO.
Uma curiosidade: algumas cenas do filme “O Pequeno Buddha” foram filmadas neste dzong!
TA DZONG
Empoleirada acima de Paro Dzong está o Ta Dzong, a sua Torre de Vigia, construída em 1649 para proteger o dzong. Com sete andares, o Ta Dzong foi convertido em 1968 no Museu Nacional do Butão. Diz-se que o incomum edifício redondo tem a forma de uma concha, com paredes de 2,5 metros de espessura.
O NINHO DO TIGRE
Encerraremos nossa jornada no Butão, e nossa jornada como um todo, de forma muito especial e simbólica visitando o mais icônico Mosteiro do Butão e um dos mais admirados e reconhecidos do mundo. Trata-se do Mosteiro Taktsang Palphug, mais conhecido como “Ninho do Tigre”. Sua localização inacreditável à beira de um precipício e sua beleza arquitetônica, perfeitamente integrada ao ambiente natural, o adornam de fascinante apelo.
Diz-se que em Taktsang Palphug está uma das 13 cavernas em que o já citado Padmasambhava praticava e ensinava o Vajrayana, do Budismo Tibetano propriamente dito. Esta caverna de Padmasambhava remonta ao século IX, mas o Mosteiro começou a ser erigido em 1692. Lá há um santuário erigido em honra de Padmasambhava conhecido como Gu-ru mTshan-brgyad Lhakhang ou “o Santuário do Guru com Oito Nomes”, referindo-se às Oito Manifestações de Padmasambhava.
O Mosteiro está localizado a 10 quilômetros ao norte de Paro e fica em um penhasco precário a 3.120 metros, cerca de 900 metros acima do vale de Paro. As encostas das rochas são muito íngremes (quase verticais) e os edifícios do Mosteiro foram construídos na face das rochas.
Há acesso ao complexo do Mosteiro por várias direções, como o caminho noroeste através da floresta, do sul ao longo do caminho usado pelos devotos, e do norte, que é chamado de “Cem Mil Fadas”. Em muitos dias nuvens encobrem o mosteiro, dando ao local uma estranha sensação de sonho.
O Mosteiro abriga objetos e artes sagrados que ainda recendem sua antiga tradição, como que nos sussurrando uma mística história que recua no tempo. Belo, imponente, frágil, hipnótico… tudo a um só tempo, o “Ninho do Tigre” nos aguarda. Faremos uma subida lenta e harmoniosa até o Mosteiro, que certamente nos presenteará com seus segredos, mistérios e encantos!
